Rui e Amanda voltaram a namorar recentemente. Ainda se gostam muito. A relação flui com intensidade, expressa nos papos intermináveis que varam a noite e no encontro alquímico da boa interação sexual. A intimidade entre eles é completa quando estão a sós. O que os leva a prescindir da presença de outras pessoas. Eles se bastam, é o que lhes parece. Contudo, Rui estranha sua falta de energia para fazer outras coisas. Reclama que está cada dia mais preguiçoso, improdutivo e que se isola de tudo. Está seduzido pela imagem ilusória dessa relação dual perfeita; cooptado, atraído pela beleza oceânica desse encontro perfeito entre duas metades que se aninham e se fundem. Freud nos lembra: A mãe é o primeiro objeto de amor da criança.
A palavra amor, aqui, se refere ao aspecto mental da pulsão, pois quando a mãe se torna o objeto de amor da criança o trabalho psíquico do recalque já se instalou. Há que se considerar a complexidade do processo em questão no reencontro do objeto. No período anterior à puberdade, o objeto encontrado é quase idêntico ao primeiro objeto de prazer, a mãe. E vincula-se a essa escolha tudo o que se entende sob o nome de complexo de Édipo.
A palavra amor, aqui, se refere ao aspecto mental da pulsão, pois quando a mãe se torna o objeto de amor da criança o trabalho psíquico do recalque já se instalou. Há que se considerar a complexidade do processo em questão no reencontro do objeto. No período anterior à puberdade, o objeto encontrado é quase idêntico ao primeiro objeto de prazer, a mãe. E vincula-se a essa escolha tudo o que se entende sob o nome de complexo de Édipo.