Apresentação:
A literatura sempre esteve presente como inspiração e como objeto da psicanálise.
Obras literárias, as clássicas especialmente, servem como bússolas ao psicanalista que, imbuído do propósito de entender algo do humano, é convidado a se mover no labirinto escuro que é o psiquismo.
Afinal, não são os poetas e os escritores considerados adivinhadores dos mistérios insondáveis da alma?
Tanto a literatura quanto a psicanálise germinam na terra fértil da linguagem e da palavra.
E, tal como acontece com a literatura, não é possível imaginar a psicanálise fora do âmbito da cultura.
O romance re-trata e interpreta a época e a perspectiva de seu autor, assim como a personagem representa uma possível forma de ser na cultura.
É a partir dessa perspectiva - de um autor que dialoga com seu contexto, que apresento O cofre de Extima, conto de minha autoria que será postado nesta seção.
O cofre de Extima sugere a experiência de uma interface entre psicanálise e literatura, em que a própria psicanálise se oferece como ambiente ficcional em que se desenrola a ação-paródia, que elege o cofre como sua principal personagem.
Esta narrativa nos convida a desvendar o que há guardado dentro de certo cofre que ninguém consegue abrir, sempre buscando desenhar diante do leitor a geografia atemporal e errante do inconsciente.
2 comentários:
bom passar por aqui, já estou seguindo. bons textos. abraços lamarque
Obrigada pela força Lamarque.
Seja bem vindo!
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